Pobre Coração
Tudo que eu vejo são teus olhos
Aonde lagrimas
Rolam lentas como gotas de luar
A solidão...
Veste-te de negro como fosse para ti um segredo
Que efetiva todo o medo do teu pobre
Despertar
És um imenso rio que em seu leito
Tão profano e profundo
Anda o mundo indiferente e a cada passo um divagar.
Fecha-se em um casulo com teu lado obscuro
Como uma triste borboleta tentando não renascer
Pelo seu medo de voar
Hoje não te resta água pura
Só tristeza e secura como as cinzas de um cigarro espalhadas
Pelo chão
Ah! Destino feito de misterioso amor sem termo
Que deveria ser eterno, mas se afoga na escuridão.
Deixa a alma e o corpo todo enfermo
Em tons de nuvens negras no manto da separação
Ah! Imensos e ermos ... Teu amor e tuas dores
Neste céu de negras cores
Perdeu o gosto pela vida
Por um amor que sem uma despedida
Destruiu teu pobre coração.