Fascínio de mim
Não devo clamar escritos e tentos
minha alma pérfida se faz sorrir aos lamentos
me confunde e o devir se faz antônimo
vocifero lagrimas de fala retida pelo fascínio de si
falas que não falo nem falas,
meu coração parte
meus dedos estilhaçam por não escreverem
e o tato a delir desbotado por não o sorriso verem
o fascinio próprio é maior que toda dor
que todo ardor
não há viva alma que supere o fascínio de mim mesmo
explode dentro de mim em fagulhas estrondosas o fado da agonia
a contradiçao da carencia e fraqueza
que se faz a força indiferença e certeza
a ânsia por ouvir a voz é uma gota no rio nascente de mim
gota que deixa turva a correnteza transluzente do dia
dilema de mim
o astro gêmeo partido do meu arbítrio
me tornando agua em divisão de sentimentos e impulsos, a breves pulsos
que juntam os cacos dos dedos a escrever e relar o fascinio na lama parca do imundo
fascinio que vive e morre todo dia nos dilemas que me inundo