Fascínio de mim

Não devo clamar escritos e tentos

minha alma pérfida se faz sorrir aos lamentos

me confunde e o devir se faz antônimo

vocifero lagrimas de fala retida pelo fascínio de si

falas que não falo nem falas,

meu coração parte

meus dedos estilhaçam por não escreverem

e o tato a delir desbotado por não o sorriso verem

o fascinio próprio é maior que toda dor

que todo ardor

não há viva alma que supere o fascínio de mim mesmo

explode dentro de mim em fagulhas estrondosas o fado da agonia

a contradiçao da carencia e fraqueza

que se faz a força indiferença e certeza

a ânsia por ouvir a voz é uma gota no rio nascente de mim

gota que deixa turva a correnteza transluzente do dia

dilema de mim

o astro gêmeo partido do meu arbítrio

me tornando agua em divisão de sentimentos e impulsos, a breves pulsos

que juntam os cacos dos dedos a escrever e relar o fascinio na lama parca do imundo

fascinio que vive e morre todo dia nos dilemas que me inundo

Lucas Guerra
Enviado por Lucas Guerra em 20/12/2016
Código do texto: T5858530
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