Calha do telhado

Calha do telhado

Como folhas secas

juntas na calha do telhado

Aguardando à suave brisa do verão

Ou às primeiras chuvas

Sigo nessa vida sem qualquer direção

Observo o passado

Penso no presente

E o futuro à morte

Dela não haverá fuga

Decerto viver uma eterna ilusão

Nesta busca aguerrida

Pelas coisas da vida

Muitas delas futilidades

Que no intenso frenesi

Parece até ter alguma razão

Sentido pra emoção

Mais no profundo da alma

Onde ecoa às verdades do mundo

Às grandes batalhas são travadas

Mas nenhuma jamais por amor; Amor de verdade

Que nos conduz,

Muda vidas sara feridas

Que dar sentido a essa humilde ilusão

Existência é vida?

Por que viver sem paixão !

É ser folhas secas

jogadas nessa calha do telhado

Aguardando dos pingos da chuva

Um afago quiçá mesmo um esbarrão

Triste a minha sina viver sem amor, sonhos e paixão...

Ricardo do Lago Matos

Ricardo Matos
Enviado por Ricardo Matos em 19/12/2016
Reeditado em 04/04/2017
Código do texto: T5857223
Classificação de conteúdo: seguro
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