Calha do telhado
Calha do telhado
Como folhas secas
juntas na calha do telhado
Aguardando à suave brisa do verão
Ou às primeiras chuvas
Sigo nessa vida sem qualquer direção
Observo o passado
Penso no presente
E o futuro à morte
Dela não haverá fuga
Decerto viver uma eterna ilusão
Nesta busca aguerrida
Pelas coisas da vida
Muitas delas futilidades
Que no intenso frenesi
Parece até ter alguma razão
Sentido pra emoção
Mais no profundo da alma
Onde ecoa às verdades do mundo
Às grandes batalhas são travadas
Mas nenhuma jamais por amor; Amor de verdade
Que nos conduz,
Muda vidas sara feridas
Que dar sentido a essa humilde ilusão
Existência é vida?
Por que viver sem paixão !
É ser folhas secas
jogadas nessa calha do telhado
Aguardando dos pingos da chuva
Um afago quiçá mesmo um esbarrão
Triste a minha sina viver sem amor, sonhos e paixão...
Ricardo do Lago Matos