Então... Adeus.
Sandra M. Julio
Não li, apenas segui...
Numa carruagem de prata, através do desconhecido,
Flagrei cenários de saudade...
Desbravei céus semeando estrelas,
Permiti que o meu pranto as germinasse...
Sabotei o tempo... Para não ouvir-te o adeus.
Foi quando em precipícios encontrei-me cenário,
Em matizes prodigamente esquecidos pelo universo, no retrovisor do tempo.
Nos frutos da minha história contemplei esquecidos momentos
Que compuseram a vigília de distantes gestos.
Descompassado e triste meu coração perde a harmonia
Desafinando em tons de saudade.
Sem platéia, apagam-se as luzes deste amor.
O camarim se fecha no silêncio do tempo...
E, quando a dor se faz capítulo, viro a página
De um novo amanhecer.
Então, só me cabe cerrar as cortinas do passado...
E, tal qual Cinderela seguir em carruagem de prata
Desbravando horizontes que escrevem os devaneios que sonho,
Imaginando-os realidade.
Sandra
28/03/05