VIRGÍNIA

A mulher vermelha como cor pura da Maçã,

Se assustou com a meiga Rã,

E isso foi um alarde a suas Cãs,

Por isso ela se enrolou nas Lãs,

Muitos duvidaram se ela estava Sã,

Mas a beleza fez destas musas virgens Afãs.

A mulher formosa entre tantas Coisas,

De Margaridas, Rosas e Amelhas,

Bebeu vinhos deliciosos em Talhas velhas,

Que derramaram em sangue flores Azaleias,

Isto fez da paixão causar Ânsias,

Que clamaram aos Céus em Asas dândicas,

Do amor feminino somente Farsas,

Por isso eu creio somente em Fadas.

Os olhos da suculenta Melancia,

Que me veste e causa Alegria,

Do Inferno minha paixão ruim Agonia,

Quero amar-te com força e Ousadia,

Mulher de olhos de mel do corpo em Linha,

Quero sexo e auroras Maravilhas,

Que termina na primavera do galo de Rinha.

A mulher e uma fábrica de Bolo,

Do poema maçãs sonetos sem Gosto,

Faz minha vida uma bandida, um Risoto,

Queira as ninfas ter um puro Gosto,

Da manteiga vermelha do pão Fofo,

Moças que comem demais amam o Louco,

Pois a poesia só é beleza e vis Desgostos.

A mulher que come podre Peixe,

De maravilhas dum bom Fetiche,

Ela é um anjo e não mais Existe,

Finura que rebola e Mexe,

Do caipira ao dengo do Xexé,

Mora no rio da cidade do perdido Canindé,

Faz desta história orgias no Cabaré.

A moça desta poesia não tem Casa,

Mora no caixão do mistério entre Rosas,

De causar sorrisos em Mulas,

A beijar maçãs violetas nas Donas,

Num enxágue com óleos com Banha,

Ela suja a branca Fronha,

É maldita lenda que meu sér Sonha,

Porquanto, quem escreve em Português Canta.

Essa é a dama proibida e formosa Mulher,

De sonhos azuis de flores Mulheres,

Do mel que engole açúcares em Colheres,

Gostar de poesia é gostosa Verdade,

Do jumento, do cão brabo e cruento Bode,

Das belezas minha feminina Sorte,

É casamento de lésbicas Consorte,

Foi o fim do meu saber pobre uma vil Gnose.

Mulher de venusto carmim e mal Lobo,

Que esconde santã no Rosto,

A corrente do Inferno num circo Bobo,

Sentir os carinhos gostosos do fogo bom Amor,

Pois as delícias é preparado no Forno,

Gosto de arroz virgem no azeite sem Sorgo,

Pois a poesia é um mistério no Coito,

De rapaz triste de gemer Choroso.

O trem percorre a seca e fragrânte Folha,

Com furacões na língua com Garra,

Ser homem e amar mulheres e aflorar a Malva,

Coisas que o fetiche iletrado, sabonete, Bolhas,

Faz da poesia uma orgia de abelhas Doidas,

Ser mulher na trama de Ísis lírica de Tantas,

Faz destas letras esmeraldas lúmias Santas,

Cantem o gosto do mel em transas Góticas.

De tanto escrever entre muitas Galáxias,

Com palhaços numa Irlandesa dança Gaélica,

Ser feio e um carma de mito comum Angelical,

Do leite fresco com serial Mingau,

Com jujuba e cheiroso bonito Cacau,

Faz desta poesia rima feminina Frugal,

Pois tudo começou com aventuras na Náu,

Do oceano negro onde impera ruim Sal,

Vai desejar amiga minha consolar-te na Váu.

O amor é gostosura da Goiaba,

De olhos verdes claros da bela Goiana,

Que trabalha com Rumba, forró e Samba,

Nunca a saúde desta lamúria Manca,

Vamos viver a vida com violetas de Mantras,

Você e Vitória de Helenas príncipesca Brancas,

Francesas rimas de olhar de moça Franca,

Escrevi essas palavras sem ler tua Crônica,

Porquanto, e doravante jasminia Sândala,

Tua helênica graça proibida a mim Canta...

Esse poema é pra ti morta Amalia,

Essa canção é pra ti doente Nathalia,

Esse soneto eu proclamo a ti Carolina,

Pelo amor dos deuses lembrem de Virgínia...