Asas preenchidas de saudade

Asas avoaçantes e costumeiras.

Pirraça esta estrada volumoso, que não me

deixa chegar ao infinito.

Codifica todas as entradas e saídas.

Quero ficar com meu amor, a saudade sangra.

Infringe esta louca vontade que tenho de amar.

Fazem as loucas ondas se abrirem sobre o calmo mar.

Pegue nas minhas mãos e ajuda-me a pousar

com estes passos ainda medrosos.

À água que me destes é pouca, preciso de mais para

avançar meu destino, cortar dentre as matas o

que atrapalha a passagem.

Acho que sou um ser fictício.

Inventado-me dia após dia.

Tira-me da solidão, do pouso tonto,

do silêncio atordoado.

O sol brilha no horizonte e a chuva derrama o

choro na jornada, onde em breve irei repousar.

Não quero me acabar sem asas ou num poema

de papel onde lágrimas, disfarçam nas linhas.

Luciana Bianchini
Enviado por Luciana Bianchini em 14/12/2016
Código do texto: T5853008
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