POESIA – Carência – 13.12.2016
POESIA – Carência – 13.12.2016
(Na madrugada)
Escuta, senta aqui, dá-me um abraço,
Não queira discordar por coisa pouca,
Não vê que caminhei longo pedaço!
E de chamá-la minha voz é rouca...
Apostei minhas fichas em você,
Pois senti que era sim correspondido,
E resolvi pagar só para ver,
Porquanto sempre fui bem decidido...
Pense melhor, conceda-me essa chance,
Não quero pernoitar noutro caminho,
Tenho em você o meu último lance...
Pressinto, minha sorte está lançada,
Meu viver vale pouco, mas sem você, nada,
O que cura a carência é carinho.
Ansilgus
Foto: GOOGLE/INTERNET