Esteve o amor acanhado
Por tanto tempo,
Que se sentiu ilhado
Dentro de um só coração.
 
Estava o amor aprendendo
Que vivendo se pode amar mais de uma vez.
(talvez)
 
Qual o acaso do beijo dado por acaso?
 
Ora, o amor diria...
E sorriria como sempre,
Diante da dúvida constante
Se o amor de amanhã
Será igual ao de antes.
 
Ah, o amor se segue,
Como o rastro de um raio
Que cai duas vezes
Sobre a mesma árvore.
 
E quando dele se perde,
Volta-se ao primeiro momento,
De amar, somente por amar,
Sem maior consentimento.
 
O amor em poesia
Não faz da rima
O maior esforço.
 
Traz sim, no conjugar do verbo,
O som da palavra mais forte.
 
Sorte de quem ama com simplicidade,
A verdade do amor que não se compreende,
Mas que se entende como amor.
 
Quantas cores têm este universo,
Quantos sóis nos iluminam,
Quantas luas acompanham
As horas de nossos destinos.
 
E o amor, teimoso como é,
Insiste, e frequente,
Viver em todas as horas,
Sem nunca ser o suficiente.
 
Tão diferentes uns dos outros,
E tão iguais no seguir em frente,
Deixam para trás todas as coisas,
Porém jamais o amor que sentem.
 
Se existe o breve traduzir
Do amor, em consequência,
A ciência se cala,
E o amor transforma.
 
Mário Sérgio de Souza Andrade – 12-12-2016
 
MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 13/12/2016
Código do texto: T5851637
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.