PARA SEMPRE
Meu corpo, de desejar-te, tombou,
Meus braços, de tocar-te, empalideceram,
Nada em tudo se converte em amor
Até que na madrugada, de saudade envelheceram.
Minhas pernas, de seguir-te, cambalearam,
Minha essência, de sentir-te, desmaiou,
Assim dizem que os prazeres desfilaram
Sobre as passarelas onde trancafiaram a dor.
Meus sonhos, de imaginar-te, enlouqueceram,
Minha vida, de doar-te, serenamente adormeceu
Sobre os retalhos da púrpura onde o sangue escorreu…
Meus olhos, de fitar-te, afinal compreenderam
Que as notalgias tranquilamente rejuvenesceram
Diante dum ébrio sentimento que jamais pereceu!
DE Ivan de Oliveira Melo