Se quiseres partir, pois que vá.

Não mais implorarei

por nenhum momento,

pelas migalhas do teu amor.

Não mais chorarei por te,

como também não te procurarei.

Deixarei que tu vás.

E se amanhã talvez

tu te encontrares novamente

pelas frias e escuras esquinas,

caída sem abrigo ou teto.

Lembrar-te-á de que

quem um dia a tiraste da rua,

dando lhe carinho e afeto,

fui eu...

Que em uma fria madrugada

a colhi de uma calçada

fazendo de te minha amada.

E se hoje queres partir,

então que vá.

Pois nunca tranquei a porta,

desde que te recebi.

Nova Serrana (MG), 15 de setembro de 2007.

Tadeu Lobo
Enviado por Tadeu Lobo em 11/12/2016
Reeditado em 14/08/2017
Código do texto: T5850519
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