Da saudade

Não hei de me deitar

Sem antes avistar esse par de olhos

Esses teus olhos pequenos

Por vezes, cansados

Mas sempre com um brilho de primeira infância

Não poderá o sono me domar

Sem que eu veja esses ombros

Esses que faço de abrigo

Outras vezes, de escudo

E que juntos dos olhos, me guardam do mundo

Não me será possível o descanso

Sem que eu ouça essa voz

Essa sua voz que me arranca suspiros

Serena e resoluta

Que me leva pro céu, sem que meus pés deixem o chão

Não serei refém nem do sonhar

Ou melhor, serei

Desde que da minha quimera, você seja o rei

E me envolva na trama dos teus olhos

Do teu abraço e do teu canto, do teu encanto.

A Louca da Casa
Enviado por A Louca da Casa em 11/12/2016
Código do texto: T5849702
Classificação de conteúdo: seguro