SONETO DO AMOR ETERNO
Quem te conheceu, viçosa, um dia...
Menina flor, rosa-botão;
Vendo-te agora nunca diria
Tratar-se da mesma feição.
Que o tempo, cego, que ironia!
Tratou de matar a ilusão
Que nesta vida, bela sempre serias
Sem sinal da corrupção.
Só meu amor, que é mais forte
Que o próprio tempo e a própria morte
Insufla-te vida, beleza e a anima
E aquela flor que outrora fostes, linda!
Na memória de teu amante desde agora
Serás pela eternidade... mais ainda.