VEIO

Veio de ouro,

surgiu em mina,

com tanta cor,

para escavar.

Veio de água,

surgiu em gruta,

com tal frescor,

para lavar.

Veio de vinho,

surgiu em alma,

um tanto velha,

para ficar.

Vinho com água,

ao jeito antigo,

em potes d'ouro,

de acreditar.

lava-me água, o corpo,

lava-me vinho, a alma,

leva-me ouro, o dom de dar,

em tom mesquinho,

porque não dou, só sei guardar.

Amor de pai, filho e espírito,

se esvai em sangue, tudo passou,

doa-se mãe, ao seu bom filho,

que é bem de um mundo,

que a cruz formou.

Roberto Armorizzi
Enviado por Roberto Armorizzi em 09/12/2016
Reeditado em 10/12/2016
Código do texto: T5847981
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