LUA,Ó LUA!
Por um raio feito espada
Vi o sol em agonia,
A noite matou o dia
Para a lua ser notada.
Uma réstia incandescida
Que o sol deixou de lume,
O motivo do ciúme
Que a deixou enfurecida.
Tão pequena se sentia;
Disse a aurora boreal,
Essa luz tão desigual
Que o sol não dividia.
Quando um bardo sai à rua
Pra saudar a namorada,
Quer a noite iluminada
Pela luz que vem da lua.
E do sol, enamorada,
Faz-se cheia de quimera
Para o encontro que ela espera
E o sol diz: não quero nada.
Os poetas fazem mal:
Enchem a lua de ilusões
Com seus versos e canções
E ela faz-se magistral.