LUA,Ó LUA!

Por um raio feito espada

Vi o sol em agonia,

A noite matou o dia

Para a lua ser notada.

Uma réstia incandescida

Que o sol deixou de lume,

O motivo do ciúme

Que a deixou enfurecida.

Tão pequena se sentia;

Disse a aurora boreal,

Essa luz tão desigual

Que o sol não dividia.

Quando um bardo sai à rua

Pra saudar a namorada,

Quer a noite iluminada

Pela luz que vem da lua.

E do sol, enamorada,

Faz-se cheia de quimera

Para o encontro que ela espera

E o sol diz: não quero nada.

Os poetas fazem mal:

Enchem a lua de ilusões

Com seus versos e canções

E ela faz-se magistral.

Vilmar Daufenbach
Enviado por Vilmar Daufenbach em 06/12/2016
Código do texto: T5845466
Classificação de conteúdo: seguro