M I S T E R I O L H O S
Conheço-te há séculos, decênios,
Tua alma se expõe em singeleza:
Como pode haver tanta beleza
Em tão sutis traços, simples desenho?
Teu semblante sereno e sério,
Invadindo a sala, a academia...
Eu reforço que já te conhecia,
Mesmo submersa em tanto mistério...
Fala teu nome com tua doce íris,
Percorrendo todo o meu espírito,
Levando o meu pecado contrito,
Resgatando a paz quando me vires...
Antes que abra tão meigos lábios,
Muitas histórias já foram ditas,
Sonhos expostos, metas benditas:
Parecem até os velhos sábios!
Tens voz surpreendente e calma:
Uma paz em cada suave nota,
Suavidade que não se conota
Com a serenidade inerente d’alma!
Nem todos os dias são mesmo iguais:
Muitos sóis nascem e explodem,
Muitas luas aparecem e fogem
Sem alterar teus traços naturais...
jonny mack, 01.03.2016 14:14h