AQUELA RUA QUE EU NÃO BRINQUEI

Eu apenas sou apenas. As penas dos pardais que me encantavam com seu canto e hoje me atemorizam com as as suas luzez de flashes.

Reza a lenda que as ervas nunca foram daninhas se houvesse o hábito do cultivo e o combate às pragas. E quantas e quiçá tantas ervas enervadas no meu coração, me diz que eu não sou somente apenas.

O livre pensamento arraigado no meu silêncio me conduz à mais pura reflexão do meu grito que não se sensibiliza com o silêncio de ninguém e que não se expressa por medo deles próprios.

Eu não sou aquilo, nem aquele acolá. Me vejo com muitas realidades que tanto busco, muitas não encontro, e tantas me permeiam.

Cidadão.

Por que o aumentativo? se pouco lhe cabe?

Cidadã.

Por que sã, se tão doente você sempre se apresenta?

Seria então, cidadona, uma forma iniqua dos valores de uma cidade grande?

Fernando Varela
Enviado por Fernando Varela em 05/12/2016
Reeditado em 06/12/2016
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