Um Deus
O que damos a um Deus
Se não nossa devoção
Nossa fidelidade
Erguemos um santuário
E o elegemos senhor absoluto
E a ele nos damos como oferenda
E você é um Deus
Distante alheio descrente
Desse amor que mora em meu peito
Ora adormecido querendo acordar
Em teus braços
Sentir o gosto da tua saliva nos teus beijos
Sentir o calor do teu corpo unido ao meu
Sentir teu prazer e dar te prazer
E no clímax do amor
Banhar-me no teu suor
Pois, nada resta a essa tua serva
Se não amar te e sonhar
Ou olvidar esse instante
Ou apenas caminhar entre flores e espinhos
Nesse templo de sonhos que ergui ao meu Deus
Faz dessa serva tua hera, pois o elegi meu Zeus
Há! Esperança vã dessa sua serva
Humilde, mas atrevida.
Que a um Deus imponente
Meus olhos se atreveram olhar
E o castigo por esse ato involuntário
Foi meu coração te entregar
E em tua indiferença tropeçar.
29/01/2016/ Jalcy Dias