Na multidão da mata, no sopé da serra,
Uma quaresmeira se acomodou á terra;
E todo ano, em pelo menos duas fases,
Seus dedos verdes parem cachos lilases.
No primavera ela dá o espetáculo vivo,
Tendo os pássaros como público cativo,
Estrelas rubras entre os cachos brancos,
Uma aquarela viva nos floridos campos.
Você que é a minha quaresmeira florida,
De cujos brotos sou beija-flor que vem,
Colher o pólen que lhe sustenta á vida;
Serei sempre o seu passarinho escravo,
Pois o mel que quero só seus lábios têm,
E não há colméia que supere o seu favo.
Uma quaresmeira se acomodou á terra;
E todo ano, em pelo menos duas fases,
Seus dedos verdes parem cachos lilases.
No primavera ela dá o espetáculo vivo,
Tendo os pássaros como público cativo,
Estrelas rubras entre os cachos brancos,
Uma aquarela viva nos floridos campos.
Você que é a minha quaresmeira florida,
De cujos brotos sou beija-flor que vem,
Colher o pólen que lhe sustenta á vida;
Serei sempre o seu passarinho escravo,
Pois o mel que quero só seus lábios têm,
E não há colméia que supere o seu favo.