EXISTIR
Querer-te, quis,
E de tanto te querer
Deixei de ser.
E agora só sei
Existir em ti.
E ficou no corpo o suor,
Gota de orvalho perdida
Sob a pétala de uma flor.
Como a lágrima retida.
E neste não existir,
Resta-me este tremor
No canto da boca
Quando morrem
As palavras de amor.
Estes meus lamentos
Vêm como os ventos,
São como as flores
Deixando seus odores
Nos vasos finos em que
Pensas vão morrendo.
E no calor destas memórias,
Deste amor e de sua história,
Preciso reinventar no tempo.
Gerar no sopro do vento,
O que fui e como existi
Além, longe e fora de ti!!!