EXISTIR

Querer-te, quis,

E de tanto te querer

Deixei de ser.

E agora só sei

Existir em ti.

E ficou no corpo o suor,

Gota de orvalho perdida

Sob a pétala de uma flor.

Como a lágrima retida.

E neste não existir,

Resta-me este tremor

No canto da boca

Quando morrem

As palavras de amor.

Estes meus lamentos

Vêm como os ventos,

São como as flores

Deixando seus odores

Nos vasos finos em que

Pensas vão morrendo.

E no calor destas memórias,

Deste amor e de sua história,

Preciso reinventar no tempo.

Gerar no sopro do vento,

O que fui e como existi

Além, longe e fora de ti!!!

MAReis
Enviado por MAReis em 30/11/2016
Código do texto: T5839550
Classificação de conteúdo: seguro