Assim Seja
 
Todos os dias algo morria dentro de si,
Era apagada a luz daquela lembrança,
Cada dia um pouco mais perto do fim,
Palavras não digna de um ser humano,
 
Palavras profanas, insultos que lhe
Arrebatava a alma em desamor
E desapreço, distância já era vista como
Um unguento, em que se deixava ungir.
 
Viu o rio dentro de si, mas veio a razão
E mergulhou em seu espirito, lavando tudo,
Limpando seu ser, retirando o amor
Que sentia por você e a vida que existia...
 
Neste imorredouro sentir, deixou de existir,
Ou, acabou de morrer, assim o amanhã recebe
Cores que a tempos não via, desde quando olhou
Para você, como pôde desprezar as cores!
 
Ah! Desprezamos até amores, sucumbimos
Ante qualquer açoite, navegamos, voamos,
Andamos e nada de concreto avistamos,
Nada! A vida pede a ausência do peregrino...
 
Aquele que era menino e que infelizmente
Continua ser. No tempo oportuno, onde tudo
Muda de cor, saberá encontrá-lo por
Promessa e não mais por amor.
 
E buscar a dracma perdida,
O amor verdadeiro, as palavras certas,
O respeito mútuo, como deveria ser...
Agora é o seu mais importante e
Profundo dever, Amém.