Ouçam todos...

Que ouçam todos:

Eu amo...

E todos sintam,

e este amor percebam,

no brilho dos meus olhos,

ou nos sorrisos de felicidade,

que escapam,

sempre despretenciosos.

Nos gestos simples,

de correr,

com os braços abertos,

apontando para as estrelas,

num cumprimento cordial,

e solene, a Lua...

Quero contar...

Que este amor,

é meu.

É meu corpo,

que desliza na cama,

quando o sonho,

procura e encontra.

Pobre de mim...

Ali, naquela hora, entrego,

meus suspiros eternos,

em lânguidez, apaixonada...

Amor,

que desenho,

em rabiscos pelo Espaço...

Riscos,

de um semblante menino,

com o dedinho teimoso,

contornando todo lábio,

a roubar, a indizível imagem,

do beijo pleno,

disperso pelo silêncio...

Tento concluir,

isto é o Poema.

Um Ode ao Amor,

que liricamente,

componho, um Hino.

Quero sim,

que todos sintam,

quão singelo,

é o sentimento.

É tão pouco,

e mesmo assim,

ofereço,

mas dispenso,

tal grandeza,

do muito, e do pouco...

Blasfêmia!

Quando imensurável,

é o amor.

Pois quando chega,

toma...

Pois quando parte,

leva...

E quando fica,

completa!

Day Moraes
Enviado por Day Moraes em 10/10/2005
Código do texto: T58328