Saliva

A minha boca

Pede um beijo esquecido.

Amanheceu,e ele não chegou.

A minha pele

Pede um toque enlouquecido,

Dedos e figuras desenhados

Sobre ela.

Amanheceu,e os dedos

Não chegaram,os versos

Não me amaram...

E a minha alma,sem desenho

Ficou desnuda,da poesia que

Eu tenho,prá te dar.

E da minha boca salivante

Escorreu um mel.

Um céu, de estrelas cadentes

Desorientadas pelo lençol.

Cativantes estrelas...

Perdidas e brilhantes.

Caídas, do céu da minha boca.

E as madrugadas, mais úmidas

E geladadas vieram...

Não perdoaram nem a poesia

No seu esquife,coberto de magia.

E a minha boca continua

Salivante.

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 28/07/2007
Código do texto: T582799
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