Saliva
A minha boca
Pede um beijo esquecido.
Amanheceu,e ele não chegou.
A minha pele
Pede um toque enlouquecido,
Dedos e figuras desenhados
Sobre ela.
Amanheceu,e os dedos
Não chegaram,os versos
Não me amaram...
E a minha alma,sem desenho
Ficou desnuda,da poesia que
Eu tenho,prá te dar.
E da minha boca salivante
Escorreu um mel.
Um céu, de estrelas cadentes
Desorientadas pelo lençol.
Cativantes estrelas...
Perdidas e brilhantes.
Caídas, do céu da minha boca.
E as madrugadas, mais úmidas
E geladadas vieram...
Não perdoaram nem a poesia
No seu esquife,coberto de magia.
E a minha boca continua
Salivante.