SONHOS COMPLACENTES

Gosto, às vezes, de está acordado

para velar o teu sono, quando

a brisa fresca da madrugada adentra

pela janela entreaberta do nosso

ninho de amor, trazendo o cheiro

das frutas do outono, para

que possamos colhê-las no alvor

da manhã desperta. Gosto

de contemplar na penumbra,

o teu corpo adormecido pelo tempo

que fizemos amor, ainda sentindo

o gosto do teu sexo delicioso

retido em minha libido, quando

a maciez do fino lençol deixa

transparecer a sensualidade

de sua nudez. Gosto, amor, de sentir,

pelo jeito do teu corpo em repouso,

a tua alma serena à espera de minha

alma para sonharmos juntos, acerca

do quanto o nosso bem-estar amoroso

nos edifica, direcionando as nossas

almas para o porvir regenerativo.

Ainda desdobrada em teu sonho

de profunda paz astral, o meu corpo

também adormece para que nos

encontremos espiritualmente.

Ausentes por alguns instantes

dos nossos corpos carnais,

construimos o nosso amor

com o bem que exercitamos

em nossos sonhos complacentes.

Escritor Adilson Fontoura

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 17/11/2016
Código do texto: T5826493
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