A Parte Certa do Mar
Não é uma coleção que estou montando
É o fim de um ciclo
É um barco cansado atracando
Na parte certa do mar
Nem mergulhando entusiasmadamente em águas rasas
Onde mal os pés se consegue molhar
Nem aproximando-se sem vontade das águas profundas
Que querem rapidamente me afogar
Apenas vendo o sol refletir
Nas ondas azuis que escondem mistérios
Onde a areia fofa encontra a parte certa do mar
Os sorrisos falsos e os segredos
Ficaram enterrados na praia
Apenas a lua sabe o lugar
E me prometeu que não iria revelar
Em águas turbulentas por tempo demais velejei
E agora felizes as estrelas sorriem
Iluminando minha chegada à parte certa do mar
Mergulhar...
Me perder em seus mistérios...
Devagar...
Enquanto o sol brilha e tudo insiste em testemunhar
Porque depois de perder tudo eu joguei...
Joguei meu coração na parte certa do mar
(Perdoem uma velha poetisa enferrujada!)