ABSTRATA
Espero por seu “bom dia” para o sol entrar em minha casa
Espero por sua alegria para não ser insone na madrugada
Lhe levo ao meu divã e todas as luzes se apagam,
Encerram minha alegria.
Tenho você em rabiscos e em silêncio,
Me abrigo na sua ausência e lhe esqueço,
Meu sorriso ficou multifacetado de tristeza,
Todos os versos singram para o nada,
Abstratam-se,
Desverbalizam-se.
Espero você e subdivido-me,
Esquartejo-me...
Lhe suplico em voz baixa
Com uma dor concreta, singular e abstrata.