Jeito de amar
Meu amor é velho
daqueles que beija o retrato
emoldurado em dourado
meu amor é antigo
como aquelas mulheres
que sempre esperam o marido
meu amor é Shakespereano
é profundo, intenso
poético e colossal
meu amor é tal qual Paulo de Tarso
tudo sofre, tudo crê,
tudo espera, tudo suporta
meu amor não é do 3° milênio
que não se ama ninguém
que esquece tão fácil
que substitui o outro
como se não fosse nada
que substitui as dores
por um copo de bebida
beijando outro em uma esquina
Talvez não haja esperança para o meu amor
mas creio nele
até enquanto ele existir dentro de mim