Os amores do Poeta...
Os amores de um poeta, não tem faces, são segredos,
só a alma os acolhe, por ventura ou por medo.
Não tem dia nem tem hora, contam versos, contam rimas,
não tem peito que sufoque, tanto amor que desatina.
Os amores de um poeta, são de fases como a lua,
têm limites de uma estrada, e contornos de uma rua,
quando livres pela noite, são cansaço e emoção,
e ao romper da alvorada, descortinam o coração.
Os amores de um poeta, não tem laço nem limite,
e é na alma que segreda, quando há quem acredite.
São contidos entre as linhas, são a obra inacabada,
são passeio de mãos dadas, pela noite enluarada.
Se um poeta tem amores, nunca deles se liberta,
pois são neles que ele vive, e é neles que desperta,
como o mar que nunca seca, como o céu que nunca cai,
o amor de um poeta, de sua alma nunca sai.
Se um poeta tem amores, as palavras não definem,
nem o tempo os envelhece, nem o sonho, os oprimem,
e no peito grafitados, com as cores da aquarela,
ficam nomes tatuados, junto aos beijos das donzelas.
Se um poeta tem amores, o amor é do poeta,
e no ciclo da magia, tudo nele se completa,
pois o ser de um poeta, é tão livre como o mar,
e nas ondas pela vida, quem "poeta", sabe amar...