Erudita IV
Repugna-me,
a despedida.
Muito me aflige...
Insinua-se o retorno,
mesmo, sem pretexto,
declarado...
Deixar-te agora,
sem pudores,
é como libertar,
um beijo intenso...
Tornam-se meus,
teus lábios carnudos,
tanto quanto tua,
torna-se minha alma,
desespenrançosa,
ante o beijo, que assume,
sua verdadeira forma:
Ad Infinitum...
Deixarei cair,
as minhas máscaras?
Verás então,
minha alma insana...
E num gesto pensado,
e comedido,
toco, calidamente,
a tua face...
És um Ser, ímpar!
Até quando, não ostentas,
"Teus melhores Trajes"...
Até quando, todo dia,
é ainda,
um mero acaso...
Numa ousada tentativa,
de reatar o tênue laço,
resta-me o ímpeto,
de ousar, tecê-lo,
sempre, comedida...
Sempre ao lampejo,
de um irreprimível,
desejo...
Quando temerosa,
ainda, balbucio:
Aportarei por todo Mundo,
para aguardar-te, ansiosa!
Pelo beijo,
ou pelo fim...