ORFEU E SUA LIRA

Amanhecia quando Orfeu tocava.

Orfeu compunha uma música em sua lira.

Seu coração estava em completa agonia.

Queria que sua música fosse ouvida pela amada.

A mulher que havia seu coração roubado.

Tocava em alto som a sua lira.

Queria que sua música propagasse os ares

fazendo-a atravessar todos os mares.

Desejava que por sobre as montanhas a música ecoasse.

Chegasse depressa a cada canto existente na terra.

Necessitava com urgência que a mulher por ele amada

e cujo nome ele agora já sabia ser "Eneida"

ouvisse cada acorde tocado em sua lira.

Orfeu apaixonado dizia a sua adorada:

_ Minha querida idolatrada e amada Eneida!

_ Em minha lira venho tocar essa música

_ Meu coração por ti em um minuto se enamorou...

_ Meu sono durante a noite foi embora.

_ Para sempre eu te amo agora.

_ Escuta o meu canto nesta minha lira.

_ Minha alma inteira agora delira.

_ Fico a pronunciar teu nome durante o dia.

_ Onde está ó amada! Idolatrada Eneida?

E Orfeu tocava mais alto ainda sua lira.

Não sentia que a fome em seu estômago incomodava.

O dia inteiro passou e Orfeu tocava a lira.

Chegou por fim a noite e Orfeu até cantava.

Nos acordes da lira ouvia-se as últimas palavras:

_ Já não durmo pensando só em ti...

_ Quero amar-te inteira ó Eneida!

///////______________//////////______________//////////

Obs: Inspirado ao ler Haikais com as seguintes palavras:

"A lira de Orfeu"... escrito por Eneida Cristinna.

http://www.recantodasletras.com.br/haikais/5821825

///////______________//////////______________//////////

BELO HORIZONTE, 14 DE NOVEMBRO DE 2016. MINAS GERAIS.

//////////______________//////////______________//////////