Erudita III
Redundante fonética!
Soam-me tautológicos,
meus suspiros...
Encolerizada,
e sem ética,
arrasto-me,
para longe dali,
indignada...
Tecnologia abstrata,
tu me fazes fugir,
ao toque, e desprezar,
tão cristalinos, olhos...
Questiono-me,
sobre o que fazer.
Não tenho resposta,
imediata...
Resta-me a certeza,
que não declinarei,
tão facilmente,
desta necessidade,
que sinto de ti...
Saudade,
que percebo,
todas as vezes,
que me é chegada,
a hora de partir,
sempre, a contra gosto...
Digo: Não.
A primeira frase,
que termino, afirmativa,
sem reticências...
Dando vez,
a outras,
que desencadeiam-se,
num ato de libertação:
Quero tuas mãos.
Abraça-me.
Toma-me.
Toca-me.
Beija-me.
Possua-me...
Aqui e agora,
mesmo, sem amanhã.