Pra você
Sinto falta dos encontros esporádicos
que tivemos neste lugar que chamo de lar
Do rastro de perfume que deixou no ar, como
se fosse possível não pensar em você sem
respirar...
Ainda lembro o jeito que me olhava, a forma
que me falava e as poucas conversas que, sem
sucesso, tentei iniciar. Inundado me calei.
Havia graça em fazer parecer que poderia dar
certo aqueles tantos encontros que não tivemos
e as flores que desvaneceram após desabrochar.
Não sinto falta de como era antes. Nada substitui
os lugares que passei a frequentar, as pessoas em
comum que passei a conhecer e a esse novo alguém a
quem chamo de eu...
Cada segundo que planejei surpreendê-la foram pagos
pela reação que esperei causar e este é o meu jeito
de lhe agradecer o bem que me deste sem presentear
Penso nisso todos os dias e, mesmo tendo se passado
tanto tempo, ainda não aprendi diferenciar amor de
gratidão. Variáveis inseparáveis da mesma equação.
Tantos versos escrevi sobre você aos quais expus meu
nome. Feitos por mim de feitos, feitos por você. Hoje
lhe devolvo e me entrego. Depois de lutar, me rendi.
Autor: Augusto Felipe de Gouvêa e Silva.
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