Cenários

Despe o olhar como São Sebastião.

Ver-te é devorar pétalas e estrelas;

Vejo fotografias expostas na sala.

És escultura viva, presente de Deus.

A poesia renasce na brancura das telas.

No quarto, despertas a luz das manhãs.

Dos gestos, recordo teatros

impregnados de sentidos

e arte.

Personagens desnudam a alma.

Deslizam na pele as palavras.

Escrevo memórias passadas a limpo

enquanto ouves interpretas delírios.

Pedro Porta
Enviado por Pedro Porta em 11/11/2016
Reeditado em 11/04/2018
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