Um beijo, um adeus!

Naquela tarde vespertina,

Uma brisa fria tocou meu rosto,

E afagou minha alma sequiosa.

E uma lágrima...

Apenas uma lágrima optou por selar nosso beijo.

À beira do rio, chorávamos,

Tínhamos como testemunhas,

O tronco de uma árvore ressecada,

Pelo sol que castiga.

E a areia,

Na qual nos assentávamos,

Para que recebesse o nosso beijo apaixonado.

Talvez o suor tenha brotado,

Do meu rosto,

Talvez seja resposta à loucura,

Que o nosso amor,

Ainda hoje, nos proporciona.

E o desespero passou despercebido,

Ao palpitar dos nossos corações.

Quando enfim, nos convencemos,

De que o amor se tornara louco,

Despedimos-nos.

Para nos reencontrarmos,

Sob a provisão do Senhor,

Apenas na suspensão do tempo,

Um amor que passou por várias renúncias,

E que por um momento, fora abandonado,

Por um beijo...

Um beijo, um adeus!

Jorge Antonio Amaral
Enviado por Jorge Antonio Amaral em 09/11/2016
Reeditado em 10/11/2016
Código do texto: T5818672
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