Eu sou
Eu sou
À mola encolhida
A vontade
O desejo
Pedaços de nada
Que jogado ao acaso
Reabro velhas feridas
Mesmo às saradas e esquecidas
Sou vontade de ver
Às coisas que fazem sorrir
Mas mesmo assim
A vontade de chorar vem a mim
Sou companhia do solitário
No canto da festa barulhenta
Onde ele encontra-se
Numa Nuance de meditação
Em que nele mesmo concentra-se
Sou o medo de errar
Às palavras ensaiadas
Durante horas afim
Pra poder expressar
O amor que existe em mim
Sou desejo de partir
Quando coração só quer ficar
Saiu batendo à porta
Na esperança que tu digas
Vem cá
Sou os pequenos acertos
Que ninguém sabe olhar
Também o grande erro
Que jamais vai perdoar
Sou tão pequeno, pequeno
Assustado em ser tantas coisas
Que apenas ser uma coisa a mim
Bastaria do por do Sol
Ao raiar do dia
Ser teu amor
Apenas teu amor
Isso sim toda diferença
Faria
Pra minha alma bastaria...
Ricardo do Lago Matos