Eu sou

Eu sou

À mola encolhida

A vontade

O desejo

Pedaços de nada

Que jogado ao acaso

Reabro velhas feridas

Mesmo às saradas e esquecidas

Sou vontade de ver

Às coisas que fazem sorrir

Mas mesmo assim

A vontade de chorar vem a mim

Sou companhia do solitário

No canto da festa barulhenta

Onde ele encontra-se

Numa Nuance de meditação

Em que nele mesmo concentra-se

Sou o medo de errar

Às palavras ensaiadas

Durante horas afim

Pra poder expressar

O amor que existe em mim

Sou desejo de partir

Quando coração só quer ficar

Saiu batendo à porta

Na esperança que tu digas

Vem cá

Sou os pequenos acertos

Que ninguém sabe olhar

Também o grande erro

Que jamais vai perdoar

Sou tão pequeno, pequeno

Assustado em ser tantas coisas

Que apenas ser uma coisa a mim

Bastaria do por do Sol

Ao raiar do dia

Ser teu amor

Apenas teu amor

Isso sim toda diferença

Faria

Pra minha alma bastaria...

Ricardo do Lago Matos

Ricardo Matos
Enviado por Ricardo Matos em 07/11/2016
Reeditado em 30/03/2017
Código do texto: T5815542
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