Rosa no concreto
Foste nascida no campo,
Em terreno farto e amplo,
Ornamentada com muitas cores,
E em meio a outras flores.
Como tempo então cresceste,
De amor puro te encheste,
De verão a primavera,
Rosa branca, vermelha, amarela.
Em ti, só vejo sonhos,
Às vezes bordados, risonhos,
Tu’ alma te humaniza,
Teu corpo ao som desliza.
E foste num bom jardim,
Com mudas de alecrim,
Regada com muito amor,
Pelas mãos do Criador.
Nascendo então recomeça,
Sem medo, também sem pressa,
De um jeito assim discreto,
Uma Rosa no concreto.
E agora, com candura,
Ela é beleza pura,
Tão amável, quanto amor,
Minha Rosa, minha flor.