A borboleta e o lobo
Os meus sonhos lhe entreguei
como quem fizesse uma prece
em teus braços prendi-me
endoidecido de tanto amor.
Eras sobremodo atraente
pequeno de lábia
e de todo infanto.
Como resistir aos teus encantos
se teus olhos suplicavam-me amor?
Dos sonhos que lhe dei
de todos acordei acabado!
Velei um a um dos assuntos.
E, dos teus olhos,
jamais esquecerei!
Rendi-me às suas mentiras,
àquelas que não pude sentir
e fiz-me forte, uma borboleta,
endoidecida e criança de ser.
Sê livre no teu mundo
não roubes a alegria alheia
se podes por si, do teu jeitinho,
ser total e de fato verdade!
A borboleta e o lobo,
por Daniel Cezário.