Delírios

Em mil delírios roucos te abraço

,

sentindo o tremor do teu corpo,

,

ás vezes me entristeço nos compassos,

,

sentindo o amargo gosto do adeus

,

 

,

Sem flecha, sem arco, sou sua índia

,

das terras onde a guerra se findou,

,

sem medo, nem temor, sou seu gemido

,

no espaço em que teu braço me cercou

,

 

,

Não quero mais saber da boemia

,

se em casa tenho o gosto de viver

,

e junto ao gozo, toda a alegria

,

de ser amada e de te pertencer

,

 

,

Fingindo ser criança sou tua mulher

,

e nos teus corpo perco a minha idade,

,

deitando em nossa cama sou selvagem,

,

menina delirando de saudade.

,

 

,

E de manhã acordo em tua nudez

,

querendo novamente anoitecer,

,

para afogar de vez estes desejos

,

que me pintam para a guerra do prazer.

,

 

,

Nas ruas, de você não me despeço,

,

para sentir que estou sempre junto a ti;

,

a noite vem chegando pouco a pouco

,

e sem perceber eu já fugi....

,

 

,

Fugi da vida para os teus braços,

,

que ardentes me afagam sem cessar;

,

e no amor, as luzes adormecem,

,

criança sou de novo a delirar.

,

Marcia Eli

marcia eli
Enviado por marcia eli em 05/11/2016
Reeditado em 24/10/2021
Código do texto: T5814385
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