PAIXÃO

Meu canto por ti é a alegria

de transitar teu corpo.

Meus dedos são varas mágicas,

asas nos pêlos, chacras.

Em nossa casinha brincam duendes

nos jardins da memória.

Ternura tem nome.

A absurda flor vai abrindo pétalas.

Sou jardineiro, de regador na mão,

mesmo que meus anjos guardiães

não saibam destes jardins.

O exercício de minha mágica,

inquieta lágrima

sobre a face derramada,

é a certeza de te ver,

luz para as retinas.

- Do livro O POÇO DAS ALMAS. Pelotas: ed. da Universidade Federal, 2000, p. 33. Poema revisado em 10/09/2014.

http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdeamor/58116