AMANTES EM CONSERVATÓRIA
Foi numa solarata
Que o encontrei.
Porte de rei
D’África d’antanho.
Sorriu para mim
E eu fiquei assim
Bem derretida,
Sem como e o que fazer.
A música e o sol
Juntos combinavam
O sabor e o calor
Do meu suor.
Aproximou-se,
Cumprimentou
E me conquistou
No disparar da voz.
Rendi-me ao olhar
Incondicionalmente,
Nem passou por minha mente
Desejo de resistir.
A solarata ia longe
Mas ficamos por ali.
Eu e meu seresteiro
Amantes em Conservatória.