Sem Inspiração III

Pego minha caneta, mas nada me vem a mente,
busco algo que me inspire, mas tudo é vago,
desprovido de amor, meu coração nada sente.

O mais singelo verso que rabisco é incoerente,
fala de terras estranhas, de um amor perdido,
uma ferida que não ciatriza, profunda, latente.

Doce engano foi o meu, quando por um momento,
pensei que pudesse escrever, ou sequer sobreviver
sem o único ser sobre essa terra que me inspira.

Meu coração sofre e minh' alma não encontra alento.
como um rio, lágrimas solitárias e saudosas estão a verter
a dor da ausência de quem pelo ser amado ainda suspira.

E eis que numa manhã gélida, de um vento impetuoso,
ouço seus passoas à minha porta, anunciando o seu retorno.
Ao olhar em seus olhos, não há mais sombra de dor...
Abro a porta de nossa casa, seja bem-vindo amor.
Fran Macedo
Enviado por Fran Macedo em 30/10/2016
Reeditado em 30/10/2016
Código do texto: T5807496
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