NO SOBE E DESSE DO ELEVADOR

Vejam como é difícil,

morar neste edifício.

Sempre que pego o elevador,

em mim, eleva se a dor.

Pois o melhor andar

é aonde ela vem andar,

com um sorriso de menina,

que tanto me fascina.

Quando saio do apartamento

e a encontro pelo corredor,

aumenta mais meu sofrimento

por não ter o seu amor.

Se entramos no elevador,

ha sempre alguém por perto.

E por mais que eu fique esperto,

nunca lhe falo do meu amor.

Assim neste sobe e desse,

na rotina do elevador,

vou levando a dor,

dentro do coração que padece.

Às vezes, como o elevador,

sinto-me lá em baixo...

Outras vezes, como um sonhador,

sinto me flutuando e até acho,

que neste descer e subir,

do térreo ao outro andar,

só meu coração não vai resistir,

em ficar sem ela para me amar.

Pois neste mesmo edifício,

onde moramos eu e ela,

minha vida tem sido um precipício,

que até chego a querer pular pela janela,

para não ter que sofrer calado,

no sobe e desse do elevador,

onde tenho que viver trancado.

por não ter o seu amor.

Nova Serrana (MG), 09 de setembro de 2010.

Tadeu Lobo
Enviado por Tadeu Lobo em 29/10/2016
Código do texto: T5806926
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