NO SOBE E DESSE DO ELEVADOR
Vejam como é difícil,
morar neste edifício.
Sempre que pego o elevador,
em mim, eleva se a dor.
Pois o melhor andar
é aonde ela vem andar,
com um sorriso de menina,
que tanto me fascina.
Quando saio do apartamento
e a encontro pelo corredor,
aumenta mais meu sofrimento
por não ter o seu amor.
Se entramos no elevador,
ha sempre alguém por perto.
E por mais que eu fique esperto,
nunca lhe falo do meu amor.
Assim neste sobe e desse,
na rotina do elevador,
vou levando a dor,
dentro do coração que padece.
Às vezes, como o elevador,
sinto-me lá em baixo...
Outras vezes, como um sonhador,
sinto me flutuando e até acho,
que neste descer e subir,
do térreo ao outro andar,
só meu coração não vai resistir,
em ficar sem ela para me amar.
Pois neste mesmo edifício,
onde moramos eu e ela,
minha vida tem sido um precipício,
que até chego a querer pular pela janela,
para não ter que sofrer calado,
no sobe e desse do elevador,
onde tenho que viver trancado.
por não ter o seu amor.
Nova Serrana (MG), 09 de setembro de 2010.