Sem Talvez
Na linha do tempo, do tempo imorredouro
Eu acomodo em meu peito a dor da saudade
Esquecer-te não há jeito, suplício de eternidade
Que penetra alma adentro qual um sumidouro
Não há dor, contudo, mas um gostoso devaneio
Um batimento cardíaco em seu ritmo acelerado
Pensar em ti já se me tornou precioso veraneio
Onde o baú dos meus sonhos está ali guardado
É doce o meu penar... tua lembrança me adoça
Não permaneço só em meu fértil deslumbramento
Trago comigo os pássaros que o canto me remoça
E astros que me animam com seu encantamento
Quando então tu apareces vistosa a minha frente
Trazendo contigo dos inúmeros beijos a tepidez
Eu te abraço e te envolvo e peço insistentemente
Não te vás, abruptamente, fica comigo sem talvez