Sem Talvez

Na linha do tempo, do tempo imorredouro

Eu acomodo em meu peito a dor da saudade

Esquecer-te não há jeito, suplício de eternidade

Que penetra alma adentro qual um sumidouro

Não há dor, contudo, mas um gostoso devaneio

Um batimento cardíaco em seu ritmo acelerado

Pensar em ti já se me tornou precioso veraneio

Onde o baú dos meus sonhos está ali guardado

É doce o meu penar... tua lembrança me adoça

Não permaneço só em meu fértil deslumbramento

Trago comigo os pássaros que o canto me remoça

E astros que me animam com seu encantamento

Quando então tu apareces vistosa a minha frente

Trazendo contigo dos inúmeros beijos a tepidez

Eu te abraço e te envolvo e peço insistentemente

Não te vás, abruptamente, fica comigo sem talvez

Rui Paiva
Enviado por Rui Paiva em 27/10/2016
Código do texto: T5805091
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.