Sob os Céus da Babilônia

Meu céu de safira com uma nuvem me aponta

O sol nascente me infunde um genuíno torpor

A poesia já arma tenda e minha alma desponta

E remonto à época histórica de Nabucodonosor

Apascento meu rebanho na Mesopotâmia antiga

E cedo me banho nas águas do mítico rio Eufrates

Escuto entoar nos arredores turcos uma cantiga

Que me lança ao peito teus sonhados arremates

As estrelas da Babilônia tornam o infinito sardento

Cintilam intermitentes qual fogaréu de querubins

Contemplo tua beleza com o meu olhar sangrento

Quando te debruças no seio dos suspensos jardins

A beleza acadiana se afigura em teu belo semblante

Tens o esplendor feminino da média oriental colônia

Minha túnica resplende beijos teus, sinto-me arfante

Ao te amar voluptuosamente sob os céus da Babilônia

Rui Paiva
Enviado por Rui Paiva em 26/10/2016
Código do texto: T5804067
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