Sob os Céus da Babilônia
Meu céu de safira com uma nuvem me aponta
O sol nascente me infunde um genuíno torpor
A poesia já arma tenda e minha alma desponta
E remonto à época histórica de Nabucodonosor
Apascento meu rebanho na Mesopotâmia antiga
E cedo me banho nas águas do mítico rio Eufrates
Escuto entoar nos arredores turcos uma cantiga
Que me lança ao peito teus sonhados arremates
As estrelas da Babilônia tornam o infinito sardento
Cintilam intermitentes qual fogaréu de querubins
Contemplo tua beleza com o meu olhar sangrento
Quando te debruças no seio dos suspensos jardins
A beleza acadiana se afigura em teu belo semblante
Tens o esplendor feminino da média oriental colônia
Minha túnica resplende beijos teus, sinto-me arfante
Ao te amar voluptuosamente sob os céus da Babilônia