Amor em fila indiana

Penso num amor contínuo
Sem início e nem término
Uma longa linha a perder de vista
Sendo passado de mão em mão
Por um objetivo comum
O bem-estar de cada um.

E por cada mão seria agregado
Mais um pequeno sentimento.
E algo que começou sem que
Ninguém percebesse
Preencheria mais que sobraria
A mão do próximo a ser amado.

O amor nunca é demais
Não tem peso e não faz volume
Nem se percebe quando se carrega
Na verdade, nem se transporta
Ele se avoluma como uma bola de neve
Que não se sabe o primeiro floco
E só se vê quando esta avalanche.

Todo amor já foi poeira,
Toda tempestade começa em brisa,
O bom deve ser contínuo...
Para que cortar a corrente?