Com orvalho e sem juízo


A razão, para quem sonha
Não diz muito, não diz nada,
Eis que a verdade sonhada
É uma verdade risonha...
Pode ser até tristonha
Mas é o enlevo da vida
O que a faz ser vivida
Com garra, com emoção!
E, mergulhar na paixão,

A poesia, nos convida!


Oh, vida, olor de cidreira
Aroma bom de hortelã!
Sentir na mão da manhã,
Água doce e seresteira
A escorrer da cachoeira!

Galgar a ponte do riso,
Reconstruir se preciso
E amar nas madrugadas

Tão frescas e enluaradas
Com orvalho... e sem juizo!



Elischa Dewes
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