ÚNICO BEIJO
Subtilmente desvendei teus lábios,
Senti minha alegria recomeçar
Na imensidão do teu balançar
Havia juras de amores insanos
Da tua boca escorreram beijos
Tão quentes como café
Que inundam quem tem fé
E guarda impacientes desejos
Passo vagaroso da tua mão
Desativa minha fiel emoção
e então desperta coração
Qual felino esquecido pela razão
Teus beijos ardem em mim,
e nem o mar bravio acalma
essa volúpia sobre a cama
de quando me amas assim
Tua boca, meu Paraíso,
Há rios de loucura,
por entre árvores de ternura
que amnistiam nosso corpo sem siso…
Santo António – 12 de Outubro de 2016.