A POESIA DO DRAGÃO DE NOVE CABEÇAS (E A SÉTIMA DE UMA BELA DONZELA SONHANDO EM VERMELHO)

Vem meu amor pois a vida é intensa e cheia de adrenalina,

Curta todo o encanto do sol ele é lindo feito de glacê,

Vamos pelo caminho sem mais brigas dancemos nas flores,

O teu corpo é feito o orvalho na manga madura apetitosa,

Ouça o som dos pássaros cantando o apogeu das estrelas,

Vem meu bem e voemos para a terra das formigas azuis,

Vem meu amor e brinquemos com os ursos de nossa alegria,

Eu as vezes sinto medo que o tempo morra para sempre,

Tão triste é um carinho teu com frieza de neve no coração,

Meu amor é um furacão a arrebentar os oceanos das letras,

Caminhemos para o futuro de um cigarro esquecido pela doença,

Vá pássaro amarelo e não regresse sem os favores dos anjos nus,

O vinho e os livros da loucura emancipa nossa fantasia de insanos,

No quarto cheio de duendes que brinda a paixão do seios fartos,

Na sala você nua com o lençol dos sonhos que ainda não morreram,

Tua pulsação de dez horas de calor e o pavio que queima a fuligem,

Nossa canção é de um artista morto pelo vibrar da guitarra

envenenada,

Dance meu amor a guerra dos fracos que constroem o terror dos

ateus,

Dance meu amor na folha agitada pelo vento brando em pranto sem

fim,

O amor que eu vejo nos teus olhos é farta trama de rude selvagem,

Nossa felicidade é supérflua e perdida nos teoremas dos judeus sós,

A alma dos teus seios ao amanhecer da chamada para a oração,

A alma dos teus seios ao entardecer da reza das prostitutas afãs,

Nada em mim lembra os pesadelos de Maria na primeira vez gemer,

Venha meu amor dançar os pecados de artistas decrépitos por você,

A vida é uma arvore no parque à espera da primeira macieira jovem,

Vamos meu amor e lutemos pelo pecar dos ateus em greves de

pensar,

Você é linda menina e sabe que nada entoa mais beleza que tua alma,

Arroubos dos velhos em nossa história a muito tempo empoeirada,

Pois a vida é um caminho sem volta em que a morte vacila a

felicidade,

O amor constrói deuses abandonados nas favelas do paraíso e em

fim...

Nada será depois do hoje o passado de mulher é uma encenação

aguda,

Eu sinto falta quando a vida era simples e brincávamos de ser amigos,

Eu brincava no sol e você na lua eu nas estrela pulava e você

galáctica,

Os dias são luzes que a cegueira do coração esconde por vergonha,

Nada será como antes quando tua farsa de paixão cruel me matar,

Me matar de paixão dos espíritos que reinam a esfera das sombras,

Vem meu amor dancemos no rodopiar fascinante das vanglórias,

Vem minha rainha ofertar a coroa de ouro impuro pelo pecado,

Vem minha musa de cornífera beleza das selvas em deuses de Pã,

A floral das delícias que mudam o cosmo do amor em mentes vis,

O apogeu dos loucos cidadãos que ruminam o labor do desejar pífio,

Pois os pássaros cantam os lírios do jardim sagrado do islã em paz,

Voltemos ao início da paixão que atropelava os suicidas nos rogos,

Porquanto o destino da humanidade se cumpriu na cruz teológica,

E a vida descansa no berço de prata da selvagem agonia de solteiros,

Vamos meu amor viver a fantasia da realidade e pulemos no abismo,

Vamos a escuridão das ideias medicinais e abracemos a Bíblia com

vigor,

Você é crente disso tudo que se chama criação de auroras vermicidas,

O amor é a relação perdida entre pai e filho que desconstrói um

poema,

Vida é abraçar tua boca e mergulhar no sabor do sorvete deste corpo,

O poema vai vibrar intensamente no falar infame das tuas conclusões,

Vem graça minha e mergulhemos no rio...

Abrace sua elegância feminina e beije sem mais um fim...

Você é o somos do eu desconexo de insanidade Jim Morrison...

Você é o buscar com fulgor o afago do fogo que nos fez amor...

Na busca por um Paraíso apenas nos restou o Inferno...

O poeta vai morrer em breve assentado na cadeira de memórias...

A poetisa canta este escrever Português sem mais esperanças...

Porque por saber o final de tudo ela apenas ressoa num murmúrio...

... Dane-se Hitler!

Acordará em breve o meu amor...