Cinzento
Não te senti
eram vento os teus passos,
e erva tenra este ninho.
No erro
sou pássaro,
A memória sem estrada nem caminho
A cidade igual de lugares repetidos,
exaustos como ecos de procura.
A amargura.
Procuro-te onde já as vozes se mudaram
e não estás nos inúteis céus de Maio
mudos sem ti.
Que importa a primavera
se só pelos teus olhos a sinto?