TEMPO, TE AMO, MAS TE ODEIO TAMBÉM
Ary Bueno [ O Príncipe dos poemas e do amor ]
Ah ! tempo incremente, que machuca a gente
Tu marcha eternamente, muda constantemente
Nos transforma, engorda, emagrece, muda a forma
Rugas nascem, branqueia cabelos, até nos deforma
Ah ! tempo que gira, não se atrasa, segue feroz
Parece fera, que se atira, nos destrói tão voraz
Mas, temos que nos conformar, a até a ti aceitar
Pois o tempo, sempre traz também, antigos sonhar
Ah! tempo, não sei se te odeio, ou se eu te amo
Se choro por teres me dado de vida, tanto tempo
Se sorrio, se eu canto, pelas alegrias, pelo encanto
Pelas beleza que vi, amores que tive, por teu sustento
Ah ! tempo, que duvida cruel, esta que vivo a ter
Se te amo, se te odeio, sei la, só sei que tu amigo
Ou inimigo, estará até meu final, aqui, junto comigo
E te confesso por fim, que nesta vida, só tu me fez viver...