Eu, nau.

Eu, solitário e ermo, nau à deriva em espumante mar.

Vejo, ao longe alvos pássaros, ruidosas aves à ermo, sem pouso, sem calma, sem alma.

Eu tão sem eu, tão sem nada oque sou?

Se de nada sou distante, se na ausência me faço tão pouco, quase nada, quase nada.

Sou de tudo um pouco, quase nada , e dinâmico sou raso, medíocre e estúpido: limito-me à razão infinita com a coragem limitada.

Esquadrinho-me à certezas que, de verdade desconheço.

Permito-me a solidão acompanhada.

JAlmeida
Enviado por JAlmeida em 12/10/2016
Código do texto: T5789224
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.