Eu, nau.
Eu, solitário e ermo, nau à deriva em espumante mar.
Vejo, ao longe alvos pássaros, ruidosas aves à ermo, sem pouso, sem calma, sem alma.
Eu tão sem eu, tão sem nada oque sou?
Se de nada sou distante, se na ausência me faço tão pouco, quase nada, quase nada.
Sou de tudo um pouco, quase nada , e dinâmico sou raso, medíocre e estúpido: limito-me à razão infinita com a coragem limitada.
Esquadrinho-me à certezas que, de verdade desconheço.
Permito-me a solidão acompanhada.